sábado, 25 de junho de 2016

Até onde vai nosso direito de ser armamentista

Ser desarmamentista é mais ou menos como ser vegano... Ou carnívoro. Ser armamentista é como ser vegano... Ou carnívoro. Ou vice-versa. A verdade é uma só: você não pode obrigar ninguém a ser o que você é, por mais que você acredite que o seu modo de viver é o mais justo, mais correto, mais humano.



Ser armamentista é mais ou menos como ser judeu. Ou como ser católico. Os judeus não acreditam na vinda de Cristo. Os católicos, cristãos, sim. Acreditam em Deus e em Jesus Cristo também. Devemos querer o fim dos judeus, enquanto católicos? Devemos querer o fim dos católicos, enquanto judeus? Porque em nossa cabeça eles estão errados?

Suas escolhas não são minhas escolhas. Minhas escolhas não são suas escolhas. 

Eu escolhi o esporte do tiro. Eu escolhi o IPSC Shotgun, a modalidade de saque rápido ou mesmo o tiro com potente rifle de pressão. É uma arma igual, que em mãos erradas pode se tornar mortal. Você escolheu o arco e flecha, ou o jogo de botão, que chama de futebol de mesa. Ou quem sabe o golf, que jogas com um maciço e perigoso taco de ferro. Beisebol? Ou quiçá o xadrez, algo tão estratégico, tão "político" não é mesmo. Vou lhe taxar de algo deplorável porque você é enxadrista? Você é melhor do que eu porque manja de estratégias? Eu sou melhor do que você porque sei algo de sobrevivência? Se todo o mais der errado, do que servirá só suas estratégias? Se todo mais der errado, não seria melhor o meu conhecimento de sobrevivência com a sua mente privilegiada para estratégia? Nossa chance seria maior, não há dúvidas. 

O que deve afinal ser compreendido é que o meu direito vai até onde começa o seu. E igualmente o seu só vai até onde começa o meu. 

Você tem direito de ter medo de armas. Eu não vou obrigá-lo a tê-las, a manuseá-las ou sequer lhe ensinar a atirar. Não vou lhe explicar a diferença de uma espingarda, um rifle, um fuzil, uma carabina, um revólver ou uma pistola. Sequer vou obrigá-lo a saber diferenciar uma arma de plástico ou de "airsoft", de uma arma de verdade. Afinal, nada disso lhe interessa. Ignorando a realidade da violência atual você acha que estará a salvo. 

Você tem direito de não querer comer carne. Tem o direito de ter em seu sangue o espírito de coletor, enquanto eu tenho a de um caçador. Lhe respeito! Mas me respeite também. Lembre-se que quando o predador atacar, é o caçador - aquele que sabe manusear uma arma - quem irá lhe defender. Então deixe-me com meu churrasco, com meus modos primitivos. Deixe-me defender a mim e a minha família, e se preciso for, também a você. 

Entenda porém, por favor, de uma vez por todos uma coisa só. Armas existem desde priscas eras, desde antes do ser humano estar sobre as próprias pernas. Armas apenas evoluíram. E a triste notícia para você, desarmamentista, é que elas sempre evoluirão e sempre existirão. Quer você goste disso ou não.

Eu sou o Policial. Eu sou o Atirador Esportivo. Sou o caçador que livra seus campos dos "javaporcos", sou aquele que garante a existência da agricultura, de seus cereais, suas verduras, suas frutas. Eu sou o Juiz com direito a porte, o Promotor, o Advogado. Eu sou o Enfermeiro. Eu sou o Pai de família. Sou a mãe zelosa que defende seu lar e sua honra, para o bem da família. Sou a empresária. Sou a atleta, a professora, a esteticista que cuida de você. Eu sou o pedreiro. Sou o mecânico. Eu sou o Médico. Mas definitivamente não sou eu o monstro...

Então não vou sair atirando na rua em você. Não. Não vai virar "bang-bang". Vamos levar nossas armas por baixo da roupa de forma dissimulada e provavelmente como consequência disso você passará a ver menos armas, menos crimes, pois ainda que você seja uma vítima pronta para ser atacada pelo que lhe vê como presa, ele saberá que eu posso estar ali ao seu lado, e ele terá medo de lhe fazer mal, medo que eu seja mais rápido que ele em seu bote. 


Mas não se preocupe! Não vou invadir sua casa com uma arma em punho, salvo talvez se for para lhe defender da visita não desejada. Daquele que quer lhe retirar um direito maior. Seu direito a vida. Eu não vou puxar minha arma se isso não for seguro. Eu treinei corpo e mente para que isso não aconteça jamais. Rigorosamente. Frequentemente.  


Este é o seu direito. Este é o meu direito. Respeito plenamente seu direito. Respeite o meu. 

Vamos colocar cada um em seu devido lugar. Vamos separar. Vamos fazer quem é do mal perceber que o mal não vale a pena, que o crime não compensa. Que há bandidos e que cada vez há mais mocinhos. Que o bem está cada vez mais unido e forte, para vencer o mal. Que é melhor ser herói do que ser vilão. Que existem consequências duras para quem busca tirar seus direitos. Quem sabe assim eles pensem duas vezes na hora de querer lesar seu direito. 

Então, não queira desarmar apenas quem é do bem e busca defender o bom direito. Para não armar apenas quem é do mal. Pense em preservar o meu direito. Para seu próprio bem...

Até logo mais! 



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