quinta-feira, 23 de junho de 2016

Revólver ou pistola para porte e defesa - o melhor calibre e escolha



Falar em calibre e porte de armas é visto quase como "mito". A um porque o porte de armas no Brasil é muito dificultado ao cidadão comum e a dois porque praticamente só há um calibre possível de ser usado: o .38 em revólveres teoricamente "equivalente" ao .380 nas pistolas, o que de saída não é uma verdade. 


De uso permitido o .38 ou .380 auto é o MAIOR calibre que pode ser usado para defesa civil, sendo os demais restritos ao cidadão comum. Menores calibres, como o .22, são liberados. Mas quem iria querer usar menor calibre para defesa? Claro, como arma de "back up" pode ser interessante. Mas se difícil ao cidadão portar uma arma de fogo, o que se diriam duas...

De pronto, explicamos que o calibre .38 dos revólveres só se aproxima no diâmetro do projétil do .380 auto nas pistolas. Isto porque como já comentamos em post passado, uma munição de revólver possui maior estojo e portanto maior carga de pólvora do que de uma pistola. Veja a foto ao lado...

Com efeito, um estojo de calibre .38, com projétil de 158grains levará aproximadamente 5 grains de pólvora, enquanto que no calibre .380, um projétil de 95grains levará aproximadamente apenas 3,0 grains de pólvora. Este por si só já é outro ponto, pois os projéteis das pistolas geralmente serão menores (mais leves) que os de um revólver e, portanto, se considerados de forma isolada, com menor poder de parada (stop power) que de um revólver similar. O que se reflete também na energia do projétil. 

Enquanto que um projétil de um revólver .38 terá em torno de 340 joules, um projétil de uma pistola .380 terá em torno de 270 joules ao deixar o cano da arma. Isto já deixa claro que com uma maior energia, o poder de parada de um projétil de revólver será logicamente maior, sendo neste em média de 75% enquanto que de uma pistola será em média de 67%. Algo também muito relativo, pois dependente entre outros fatores do comprimento do cano da arma, raiamento, passo, etc. Quanto mais comprido o cano, mais aproveitará a força dos gases de expansão, e maior será a energia cinética imprimida no projetil. 

E falando-se em comprimento de cano, antes de entender que quanto mais comprido for melhor ou mais potente será a arma, o ponto imediato a se considerar é quanto a portabilidade e capacidade de munição. Um bom revólver que se possa portar de forma velada terá capacidade entre 5 e 6 munições e no máximo 2 polegadas de cano, enquanto que uma pistola bastante compacta carregará ao menos 12 munições no carregador mais uma na câmara e terá facilmente um cano de quase 4 polegadas. 

A capacidade então é algo muito discutível, sobretudo quanto ao porte, havendo quem entenda que quanto mais munição melhor, enquanto outros defendem que uma arma com um maior poder de parada é a escolha ideal para um bom atirador. Obviamente o melhor seria reunir um alto poder de parada a uma alta capacidade de munição, mas isto no calibre .38 ou .380 torna-se fisicamente impossível no Brasil, pois existem restrições até mesmo quanto a energia total possível de um projétil. 


Claro que se vivêssemos em um país com maior liberdade para o cidadão, certamente o calibre .38 ou .380 seria de imediato descartado, pois considerado um calibre "fraco", haja vista seu baixo poder de parada. Não por outra razão que as forças policiais utilizam o .40 ou em alguns casos o 9mm, ambos com poder de parada maior do que 90%, ou seja, um único disparo é suficiente para fazer parar a ação do agressor. Nos Estados Unido, por exemplo, sempre ponto de referência, é muito difícil se encontrar o calibre .38 mesmo para revólveres, sendo utilizado comumente no lugar ao menos o .357 Magnum, com muito maior stop power. Para pistolas, o calibre 9mm é o usual, sem nenhum mistério. 

Porém, no Brasil temos de nos contentar apenas com o que está legalmente ao nosso alcance, lutando sempre para que nossos direitos básicos à defesa e a vida não sejam tomados de assalto, pelo que defendemos fortemente a posse e porte de arma por todos os cidadãos de bem, torcendo para que o PL 3722 e PL 704, dentre outros, tenham feliz resultado nas votações do legislativo o mais rápido possível, já que a situação a cada dia tem se tornado insustentável no país em termos de segurança. 

Assim, como a restrição é nos calibres já discutidos, sua escolha deve ser entre um bom revólver ou pistola, o que no final das contas é algo muito pessoal e dependente da destreza do atirador.

Até logo mais!


Crédito das fotos deste post
Google Images

4 comentários:

  1. Usar munição +P EXPO ajuda bastante

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  2. É PRECISO ENTENDER QUE NINGUÉM TEM A INTENÇÃO DE ARMAR OS CIDADÃOS PARA UMA GUERRA, MAIS SIM, PARA QUE POSSA TER UMA ARMA PARA SUA DEFESA E DE SEUS FAMILIARES. PORTANTO, NÃO SERÁ NECESSÁRIO POSSUÍREM ARMAS DE GROSSO CALIBRE....ATÉ MESMO UM CL-22 É O BASTANTE, TUDO DEPENDE COMO E POR QUEM É USADO. SERIA INTERESSANTE NÃO HÃO HOUVESSE NECESSIDADE DE NENHUM OSO DE ARMAS, MAS COMO SABEMOS, ATÉ OS PIVETES '' ''DI MENOR'' ANDA BEM ARMADO E COM CALIBRE SUPERIOR A DOS POLICIAS MUITAS VEZES. NÓS TEMOS QUE TER O DIREITO TAMBÉM DE AUTO DEFESA...SE BEM QUE OS CRITÉRIOS PARA O PORTE DE ARMAS DEVEM SER UM PROCESSO MUITO RIGOROSO PARA QUE NÃO SE LIBEREM PORTE DE ARMAS PARA TRANSLOCADOS E BANDIDOS.

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  3. Muito bom esclarecer sobre o uso para defesa, assim como a compra pelos cidadãos de bem para proteção da família.

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